sexta-feira, 29 de junho de 2012

IPT desenvolve tecnologia de borracha em pó

Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo estão desenvolvendo uma nova técnica para fabricação de borracha em pó.

O objetivo da pesquisa é desenvolver uma rota química de produção a partir do látex sintético, para aplicação no aumento da resistência de diversos tipos de materiais plásticos e para a elaboração de resinas poliméricas.

Para preencher uma lacuna tecnológica pouco explorada atualmente dentro e fora do Brasil, os pesquisadores brasileiros estão empregando uma técnica de secagem por aspersão, ou spray drying.

A borracha em forma de pó ultrafino é uma alternativa mais simples para várias aplicações, em comparação com o uso do material em bloco.

Os blocos demandam operações de moagem e pulverização, enquanto a borracha em pó pode ser adicionada diretamente aos processos industriais.

Processo contínuo

A técnica mais comum para a obtenção da borracha em pó emprega a irradiação da emulsão para promover uma modificação na estrutura do látex antes da secagem em spray dryer.

Mas o processo apresenta, gargalos como a necessidade de uma infraestrutura em grande escala e riscos à saúde dos trabalhadores.

Já o projeto do IPT emprega uma técnica simples, que opera em processo contínuo, e de baixo custo.

O látex sintético é modificado quimicamente por meio de monômeros funcionais e óxido coloidal, que irão compor uma mistura submetida posteriormente à secagem em um equipamento de spray dryer.

Foram estudados dois tipos de látex, o estireno-butadieno e o estireno-butadieno carboxilado, sendo que o primeiro apresentou melhores resultados no quesito viabilidade econômica.

Tintas especiais

O projeto tem prazo de conclusão em abril de 2013, mas os bons resultados obtidos já possibilitaram o pedido de depósito de uma patente e podem expandir o emprego das novas formulações:

"O foco do projeto é a aplicação da borracha em pó para aumentar a resistência ao impacto dos plásticos, mas ela poderá ser também uma alternativa viável para as indústrias, como aditivo em tintas especiais ou modificador de impacto em concreto ou pisos, por exemplo", completa Lucilene Betega de Paiva, coordenadora do projeto.

Fonte: IPT

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