quinta-feira, 29 de julho de 2010

Deficiência de vitamina D é associada com declínio cognitivo

Idosos com baixos níveis de vitamina D são mais propensos a ter dificuldades de raciocínio, aprendizagem e memória.

Os cientistas citam estudos - realizados na Europa e nos Estados Unidos - que estimam a deficiência de vitamina D em idosos que variam de 40 por cento até 100 por cento! No Brasil, essa insuficiência de vitamina D foi detectada também em jovens.

Importância da vitamina D

A falta de vitamina D tem sido associada a fraturas, várias doenças crônicas e morte.

A vitamina D pode ajudar a prevenir a degeneração do tecido cerebral por ter um papel importante na formação dos neurônios, mantendo os níveis de cálcio no organismo, ou eliminando a beta-amilóide, a substância que forma placas e emaranhados no cérebro associados com o Mal de Alzheimer.

Outros estudos relacionam a falta de vitamina D com hipertensão em mulheres, gripe e problemas de coração.

Testes cognitivos

J. David Llewellyn e seus colegas da Universidade de Exeter, na Inglaterra, analisaram os níveis de vitamina D no sangue de 858 adultos com 65 anos de idade ou mais, quando o estudo começou em 1998.

Em duas etapas posteriores, três anos depois, e seis anos depois do início do estudo, foram realizados três testes cognitivos, um avaliando a cognição global, um enfocando a atenção e outro que deu maior ênfase na função executiva - a capacidade de planejar, organizar e priorizar.

Deficiência cognitiva e executiva

Os participantes que tinham deficiência grave em vitamina D (níveis sanguíneos de 25-hidroxivitamina D menor que 25 nanomoles por litro) apresentaram 60% mais chances de apresentarem um declínio cognitivo substancial no período de seis anos, e 31% mais probabilidade de apresentar declínios no teste que mede a função executiva do que aqueles com níveis de vitamina D normal.

Nenhuma associação significativa foi observada entre os níveis de vitamina D e o segundo teste, que mediu a atenção.

"A associação permaneceu significativa depois de ajustes para eliminar uma vasta gama de potenciais fatores de confusão, e depois que as análises foram restritas aos idosos que não tinham sinais de demência no início do estudo," escrevem os cientistas em seu artigo, publicado no Archives of Internal Medicine.

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