terça-feira, 6 de julho de 2010
Robô origami dobra-se sozinho em múltiplos formatos
Se você gosta da arte japonesa de dobraduras, mas nunca teve oportunidade de aprender, a solução pode estar em um origami robótico, criado por cientistas do MIT e da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Embora, por enquanto, a técnica rivalize apenas com as primeiras dobraduras feitas por uma criança, ela representa um avanço promissor no campo da robótica adaptativa, das estruturas inteligentes e dos materiais adaptativos.
A estrutura inicial é um compósito plano formado por seções triangulares interconectadas por juntas de elastômeros. Além das juntas, as seções são unidas por atuadores planos, pequenas chaves motorizadas que são acionadas por um circuito eletrônico flexível, também plano.
Matéria programável
Os cientistas batizaram seu origami robótico de "matéria programável", uma vez que o formato final do material é programado previamente nas interseções dos diversos triângulos que formam a folha.
"O processo começa com a criação de um algoritmo para a dobradura," explica Robert Wood, coordenador da pesquisa. "Similar a um conjunto de instruções de um livro de origami, baseados no formato final nós determinamos onde o objeto deve se dobrar."
O dispositivo de demonstração contém um total de 25 atuadores, divididos em cinco grupos. A forma final é produzida acionando os atuadores apropriados na sequência correta.
Dobradura robotizada
Para iniciar a dobradura robotizada, a equipe usou uma série de etiquetas autocolantes que contêm os circuitos capazes de fazer com que os atuadores iniciem as dobras.
Isto permite que o "robô origami" funcione sem conexão externa, dispensando a ligação com um computador.
Com isto, a "programação" do robô é reduzida a uma mera questão de colocar as etiquetas nos locais apropriados. Quando a folha recebe o pulso de energia inicial, ela começa a se dobrar e continua até atingir o formato final desejado.
Canivete suíço robótico
Embora os pesquisadores tenham demonstrado apenas dois formatos simples, a prova de conceito é promissora.
Seu objetivo é tornar a matéria programável muito mais robusta e prática, produzindo utensílios capazes de desempenhar múltiplas tarefas a partir de um único material dobrável.
Daniela Rus, membro da equipe e especialista em robôs reconfiguráveis, planeja construir copos que se ajustem automaticamente à quantidade de líquido colocado neles e até um canivete suíço robótico, que possa se transformar em ferramentas diferentes conforme a necessidade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário