O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) assinou um acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para regulamentar a produção e comercialização do Arla 32, um aditivo para motores a diesel que reduz emissão de gases poluentes.
Uma norma do Ibama, do ano passado, determina a obrigatoriedade do uso do Arla 32, a partir de 2012, em veículos novos que utilizam diesel como combustível.
Segundo o presidente do Inmetro, João Jornada, com o acordo assinado agora, o instituto ficará responsável por elaborar os padrões de qualidade para o Arla 32 e as regras para medição e fiscalização do produto.
"O produto que não estiver conforme a portaria do Ibama e com as regras do processo de certificação que serão feitas pelo Inmetro não poderá ser comercializado. Isso vai ser verificado e fiscalizado em todo o país", disse Jornada.
Captura de óxidos de nitrogênio
Segundo o coordenador de Controle de Resíduos e Emissões do Ibama, Paulo Macedo, as montadoras de automóveis já estão se preparando para adequar seus carros ao uso do Arla 32.
O produto, à base de ureia, captura grande parte do óxido de nitrogênio emitido na combustão do motor, antes que o gás poluente seja liberado para a atmosfera. "O óxido de nitrogênio é um gás poluente e nocivo à saúde, que causa problemas respiratórios e cardíacos", afirmou Macedo.
O Arla 32 não será misturado ao diesel, mas ficará em um recipiente separado, assim como o óleo lubrificante. O proprietário da caminhonete, caminhão ou ônibus terá que abastecer o carro com o Arla 32, em média, a cada cinco vezes em que abastecer o veículo com o diesel.
O aditivo à base de ureia é utilizado há dois anos na Europa. Segundo o Ibama, já há empresas brasileiras interessadas em fabricar o produto. A produção, no entanto, só poderá ser iniciada depois que o Inmetro divulgar as regras de qualidade para o Arla 32.
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