A terapia genética, ou terapia gênica, usa uma droga baseada em DNA para dirigir a energia da luz para um gene alvo, inibindo sua atividade. Esta é uma forma de modificação genética, que pode ser útil quando se identifica especificamente um gene responsável por uma determinada condição ou problema de saúde.
Os cientistas israelenses Netanel Kolevzon e Eylon Yavin fizeram um levantamento de todas as pesquisas científicas já realizadas na área, destacando as possibilidades e os desafios para tornar realidade a aplicação clínica desta nova técnica de "ajuste" do DNA usando luz.
O artigo foi publicado na revista científica Oligonucleotides.
Silenciamento genético
Os cientistas analisaram o desenvolvimento de drogas baseadas na formação de DNA triplex - em algumas circunstâncias, o DNA pode adotar uma conformação de tripla hélice - capazes de regular ou inibir a expressão de um gene de uma forma altamente específica e seletiva.
Ao contrário das terapias que usam o RNA como alvo, uma droga antigene é um oligonucleotídeo formador de DNA em estado triplex que reconhece e se liga diretamente a uma sequência específica de DNA.
Ao conectar um agente fotorreativo ao antígeno e disparar luz no local de ligação, a droga sensível à luz é ativada, desencadeando uma reação de clivagem ou de ligação cruzada.
O resultado é o silenciamento efetivo do gene alvejado - o gene é desligado.
Doenças incuráveis
"Há muitos obstáculos pela frente antes que esta abordagem possa chegar à clínica," alertam os autores.
No entanto, se a terapia antigênica se mostrar bem-sucedida em bloquear a atividade do gene, "muitas doenças que atualmente são incuráveis ou tratáveis com sucesso limitado poderão ser potencialmente alvos relevantes para essa abordagem," concluem eles.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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