Biochip impresso
O dispositivo, feito em filmes de poliéster, possui canais impressos em toner e pode ser preparado para o uso em dez minutos, com custos inferiores ao do processo convencional.
A química Gabriela Rodrigues Mendes Duarte, que realizou a pesquisa, conta que o processo de análise genética envolve três etapas: extração, amplificação e separação do DNA.
"Cada parte é realizada separadamente em análises genéticas convencionais," descreve a pesquisadora. "Isso faz com que a análise seja mais trabalhosa, levando mais tempo e com maiores custos".
Microfluídica
O dispositivo é uma plataforma microfluídica, feita com filmes de poliéster, o mesmo material usado nas transparências para projeção.
"Neles são impressos com toner os canais nos microchips que realizarão as análises", diz a química. "Os filmes são unidos com uma laminadora comum, com espaços em branco que formam canais, ampliados por uma cortadora laser, nos quais circulam as amostras de DNA".
A plataforma completa tem entre 5 e 10 centímetros (cm) de comprimento e pode ser preparada para uso em dez minutos, com custo aproximado de R$ 0,15 por unidade.
"Ao final do processo, é obtido o perfil genético do DNA extraído, com base no gráfico dos fragmentos ampliados e separados por tamanho", aponta Gabriela.
Análise de DNA
Para fazer as análises, o dispositivo necessita de uma quantidade menor de amostras de DNA e reagentes do que no processo convencional, lidando com volumes da ordem de microlitros.
"Ao mesmo tempo, a plataforma concentra as três etapas da análise, o que permite sua realização em um menor espaço de tempo", ressalta a pesquisadora.
Os dispositivos utilizados nesta análise genética são descartáveis. "Isso evita a contaminação de uma amostra por outra, como pode acontecer em dispositivos de vidro", acrescenta Gabriela.
Fonte: Agência USP
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