A lua Io, de Júpiter, produz cerca de 100 vezes mais lava a cada ano do que todos os vulcões da Terra - e Io tem cerca de 3.600 km de diâmetro, enquanto a Terra tem quase 13.000.
Embora os vulcões da Terra ocorram em pontos localizados, como o "Anel de Fogo" em torno do Oceano Pacífico, os vulcões de Io são distribuídos em toda a superfície.
Uma nova análise dos dados da sonda Galileo, da NASA, revela como é possível uma dispersão tão grande de vulcões: um verdadeiro oceano subterrâneo de magma derretido, ou parcialmente derretido, situa-se logo abaixo da superfície da lua.
A descoberta representa a primeira confirmação desse tipo de camada de magma em Io e explica porque a Lua é o objeto mais vulcânico conhecido no Sistema Solar.
Um oceano global de magma, de cerca de 30 a 50 km de espessura, abaixo da crosta de Io, ajuda a explicar a atividade da lua.
Janela para o passado
"Tem sido sugerido que tanto a Terra quanto a nossa Lua podem ter tido oceanos de magma semelhantes bilhões de anos atrás, no momento de sua formação, mas que já resfriaram há muito tempo," disse Torrence Johnson, um ex-cientista do projeto Galileo.
"O vulcanismo de Io nos mostra como os vulcões funcionam e fornece uma janela no tempo para os estilos de atividade vulcânica que podem ter ocorrido na Terra e na Lua durante a sua história mais antiga," afirma.
Os vulcões de Io foram descobertos em 1979 pelas sondas Voyager, tornando a lua o único corpo conhecido do Sistema Solar, além da Terra, a ter vulcões de magma ativos.
Sonda Galileo
A sonda Galileo foi lançada em 1989 e começou a orbitar Júpiter em 1995.
Assinaturas inexplicáveis apareceram nos dados do seu campo magnético, registrados em Outubro de 1999 e fevereiro de 2000 - foram estes dados que agora foram reanalisados.
Após uma missão bem-sucedida, a sonda espacial foi dirigida intencionalmente para queimar-se na atmosfera de Júpiter, em 2003.
Galileo choca-se com Júpiter
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