As imagens, publicadas no site da revista científica Nature, mostram que o eclipse é provocado por um disco de um material semelhante ao encontrado quando a Terra e os outros planetas do nosso Sistema Solar se formaram, há 4,5 bilhões de anos.
A Epsilon Aurigae é conhecida desde 1821 como sendo uma estrela binária eclipsante, formada por uma supergigante e uma companheira menos luminosa de mesma massa.
Mas há várias décadas, os astrônomos vinham tentando decifrar as pistas para as causas desses eclipses.
Poeira cósmica
"Venho estudando essa estrela desde meu pós-doutorado, nos anos 80, e é muito gratificante finalmente responder a algumas dúvidas ligadas a esse famoso astro", disse Robert Stencel, da Universidade de Denver, no Estado americano do Colorado, e um dos autores do artigo.
As imagens da Epsilon Aurigae mostram a intrusão de uma estrutura alongada sobre a estrela supergigante, encobrindo a segunda estrela companheira.
Essa estrutura é um disco de poeira tão extenso quanto a órbita de Júpiter e quase da mesma altura que a órbita da Terra, mas com uma massa pouco menor que a terrestre.
Maior telescópio do mundo
As fotos foram obtidas usando uma técnica que combina vários telescópios com associações a laser e com o controle de um computador para se conseguir um sinal equivalente ao de um telescópio gigante.
"Construímos o maior telescópio óptico da Terra, com 330 metros de diâmetro", explicou Brian Kloppenborg, outro autor do estudo.
O atual eclipse da Epsilon Aurigae teve início no segundo semestre de 2009 e deve durar até o final deste ano.
A estrela está em uma constelação localizada a cerca de 2 mil anos-luz da Terra.
Fonte: BBC
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