terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nobel de Física vai para estudos com o grafeno

Andre Geim e Konstantin Novoselov, ambos da Universidade de Manchester, no Reino Unido, vão dividir o Prêmio Nobel de Física de 2010 pelos seus trabalhos com o grafeno.

A premiação, de certa forma inesperada - o grafeno foi descoberto por eles em 2004 - mostra o reconhecimento do potencial desse novo material, que possui uma infinidade de usos possíveis, da eletrônica ao sequenciamento de DNA.

Konstantin Novoselov nasceu em 1974 em Nizhny Tagil, na Rússia. Ele foi aluno de doutorado de Andre Geim quando os dois moravam na Holanda.

Andre Geim nasceu em 1958, em Sochi, também na Rússia. Atualmente os dois trabalham na Universidade de Manchester.

Feeling

O Site Inovação Tecnológica acompanhou todo o trabalho dos professores Geim e Novoselov, mostrando a emergência do grafeno como um material promissor desde o primeiro anúncio de sua descoberta, que agora foi premiada com o Nobel de Física.

Veja as notícias que veiculamos relatando diretamente o trabalho dos dois cientistas agora premiados com o Nobel:

* 2004 - Produzido tecido mais fino do mundo, com apenas um átomo de espessura
* 2005 - Materiais com um átomo de espessura prometem fazer nova Revolução Industrial
* 2007 - Transistor mais fino do mundo é feito com folha de grafeno
* 2008 - Menor transístor do mundo é criado com grafeno
* 2009 - Grafano dá novo impulso à computação orgânica

Em pouco mais de seis anos de vida, o grafeno esteve em nossas manchetes 18 vezes e foi assunto em 49 reportagens.

Material revolucionário

O grafeno é uma estrutura plana composta unicamente por átomos de carbono. A melhor analogia para explicar sua aparência é a tradicional tela de galinheiro, onde cada "nó" da tela é um átomo de carbono.

Apesar de o carbono ser o mesmo material do carvão e do grafite dos lápis, na espessura atômica ele é transparente, o que está permitindo seu uso para telas e monitores inovadores.

Ele é um excelente condutor elétrico e térmico e é altamente estável - O silício, o material com que são feitos os atuais transistores, oxida, se degrada e se torna instável quando é reduzido a dimensões 10 vezes maiores.

Para acompanhar o impacto que o novo material está tendo sobre a ciência e a tecnologia veja nossa seção de notícias sobre o Grafeno.

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