Pesquisadores japoneses e norte-americanos criaram um equipamento capaz de reciclar o campo magnético produzido pela fiação elétrica comum do sistema de iluminação de um prédio.
Testado na fiação que alimenta as lâmpadas de edifícios que precisam ficar iluminados 24 horas por dia, o equipamento gerou uma economia de energia próxima dos 40%.
Reciclagem do campo magnético
Projetado por engenheiros do Instituto de Tecnologia de Tóquio, o equipamento de recuperação da energia magnética, ou MERS (Magnetic Energy Recovery Switch), está sendo testado e aperfeiçoado em conjunto com o centro de pesquisas da Marinha norte-americana.
Ao reciclar o campo magnético gerado em volta dos fios que alimentam as lâmpadas, o MERS controla o fluxo de eletricidade, minimizando o consumo de energia e maximizando o rendimento das lâmpadas.
De Abril a Junho deste ano os pesquisadores fizeram uma série de experimentos em vários prédios públicos, envolvendo vários tipos de iluminação, inclusive fluorescentes. Os testes mostraram que a tecnologia MERS reduz significativamente o consumo de energia para iluminação.
"Ao final dos testes, verificamos que, com o novo aparelho instalado, houve picos de economia de até 39 por cento", afirma Chandra Curtis, que coordenou os testes. "O dispositivo não apenas economiza energia, como também produz muito menos calor e gera menos interferência eletromagnética do que as tecnologias convencionais."
Com os bons resultados alcançados, o próximo passo será equipar vários escritórios, lavanderias e ginásios para acompanhar o rendimento da tecnologia a longo prazo, o que deverá ser feito a partir de Outubro.
Iluminação pública
Sobre o potencial de uso doméstico da tecnologia, os pesquisadores afirmaram que cerca de 20% dos gastos de energia de uma residência são destinados à iluminação. Com isto, a disseminação do uso da reciclagem da energia magnética dependerá da redução dos custos de fabricação dos equipamentos.
Segundo eles, no presente estágio, a tecnologia é inigualável para aplicação em áreas que exijam que as lâmpadas fiquem acesas por longos períodos, o que ocorre principalmente em prédios públicos, shopping centers, supermercados e grandes empresas.
O equipamento está sendo licenciado para a empresa emergente MERSTech.
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