Durante o Mobile World Congress, realizado em Barcelona nesta semana, os visitantes puderam conhecer um sistema de alimentação a hidrogênio para notebooks e outros equipamentos móveis.
O sistema é composto de uma célula alimentada a hidrogênio, fornecida pela Powertrekk. Ao gerar a energia necessária para alimentar o equipamento, a célula produz apenas vapor de água como subproduto.
Os cartuchos de hidrogênio estão sendo colocados no mercado com capacidades para alimentar células a combustível de 1 watt até 3 kilowatts.
Isto os torna capazes não apenas de recarregar telefones celulares, notebooks, GPS e qualquer outro produto portátil, mas também de alimentar equipamentos com consumo significativo de energia.
Uma célula a combustível com o cartucho de maior capacidade pode alimentar uma bicicleta elétrica por até 160 quilômetros, a uma velocidade de 40 km/h.
Energia do sal e areia
As recargas de hidrogênio, que estão sendo lançadas pela empresa Signa Chemistry, baseiam-se no trabalho do professor James Dye, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
O Dr. Dye trabalha com metais de base alcalina, tendo desenvolvido o uso do siliceto de sódio para produzir hidrogênio.
"Em nosso laboratório, nós produzimos silicetos metal-alcalinos, que basicamente são feitos de sódio e silício que, por sua vez, vêm do sal e da areia," conta o pesquisador. "Nós conseguimos produzir hidrogênio adicionando água ao siliceto de sódio, e o hidrogênio alimenta as células a combustível."
Depois de exaurida sua carga de hidrogênio, o cartucho contém apenas silicato de sódio, o mesmo material encontrado nas pastas de dentes, por exemplo, o que mantém a característica "verde" dessa fonte de energia.
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