Há 53 anos, quando apareceu o primeiro circuito integrado da história, quase ninguém acreditou na ideia.
Acreditava-se que sua construção seria complicada e cara demais. De fato, sua adoção em larga escala só aconteceu na década seguinte.
Agora, cientistas japoneses e finlandeses apresentaram o primeiro circuito integrado feito de nanotubos de carbono.
Tidos como promissores para uma infinidade de áreas, os nanotubos vêm enfrentando a concorrência do grafeno e, mais recentemente, da molibdenita.
Mas os anos de pesquisas à frente dos concorrentes parecem ter feito a diferença.
Circuito integrado flexível
Yutaka Ohno, da Universidade de Nagoia, e Esko Kauppinen, da Universidade de Aalto, desenvolveram uma técnica simples e rápida, segundo eles, para fabricar transistores de filme fino (TFT: thin film transistors) usando nanotubos de carbono.
Todo o circuito é montado sobre um substrato plástico flexível, seguindo a rota mais promissora da chamada eletrônica orgânica, que promete telas de enrolar e circuitos eletrônicos tão flexíveis que poderão ser montados em roupas.
Eles utilizaram a nova tecnologia para fabricar o primeiro circuito de lógica sequencial do mundo usando nanotubos de carbono.
Com a nova técnica, é possível vislumbrar o desenvolvimento de processos industriais de fabricação contínua no estilo das impressoras de rolo (roll-to-roll), em que os circuitos eletrônicos são literalmente impressos sobre plásticos flexíveis.
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