quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Microsoft volta atrás e diz que isolar PC contaminado da Internet não é viável

Será que cabe aos provedores de acesso à Internet manter máquinas infectadas longe da rede? Bem, na visão do principal executivo de segurança da Microsoft, Scott Charney, é exatamente isso que deve acontecer - ou melhor, devia.

Durante palestra proferida nos auspícios da RSA Conference, na terça-feira (15/2), Charney admitiu que a ideia de transferir essa responsabilidade aos ombros dos provedores pode estar menos certa que achava.

“Ano passado, durante uma conferência, disse que deveríamos pensar nos provedores como se fossem CIOs do setor público e que eles deveriam varrer incansavelmente as máquinas que participam da Internet. Quem sabe, deviam até ser capazes de bloquear o acesso de máquinas comprovadamente infectadas. Mas, com o passar do tempo, me dei conta de que tal estratégia estaria repleta de falhas potenciais”, disse na RSA dessa semana.

“Um dos cálculos que deixamos de fazer era o custo que tal atribuição gera. Os provedores pagam pela banda consumida no processo de varredura das máquinas cliente”, afirmou. As companhias que providenciam o acesso à Internet têm realizado vários experimentos com técnicas que podem isolar da rede os clientes infectados. A Comcast, por exemplo, mantém um serviço de nome Constant Guard, que alerta usuários sobre problemas na segurança das máquinas.

Ainda assim, Charney acredita em meios de melhorar esse cenário.

Certificação

Na avaliação do executivo, uma alternativa seria um espécie de certificação de segurança do sistema. Nesse documento estariam informações sobre o estado do software antivírus e sua última atualização. Na perspectiva de Charney, isso representa uma defesa coletiva.

Ele defende o argumento com um exemplo dos bancos que solicitam a instalação de softwares nos PCs de seus clientes para verificar o estado de saúdo do sistema antes de lhes permitir acesso aos servidores. Em qualquer eventualidade de ações suspeitas, os clientes têm suas transações financeiras limitadas a 2 mil dólares.

“Acho que assim fica bom para todos. O usuário permanece livre para decidir se quer ou não instalar o módulo. Caso se negue, seria avisado de que isso é perfeitamente possível, mas que suas ações podem comprometer a própria segurança da web. Assim, avisando que o risco é dele e não dos outros, damos o pulo do gato”, finaliza Charney.

Fonte: IDG Now!

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