É o que propõe uma pesquisa realizada no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
Segundo Antônio Cândido de Camargo Guimarães, houve uma fase de expansão acelerada, que seria recente. "Mas hoje esse estado não é tão certo. É possível que a aceleração já esteja diminuindo," disse ele.
Especulações
Guimarães conta que, há cerca de dez anos a expansão acelerada do Universo se tornou consenso na comunidade científica a partir de observações de explosões de supernovas 1a, cujo brilho era menor do que se esperava.
Para descrever essa rápida expansão, os cientistas adotaram o Lambda-CDM. Esse modelo cosmológico se baseia na existência de uma "energia escura", que corresponderia a 70% da composição do Universo.
"A energia escura é um ente físico muito especulativo. Há algumas hipóteses e ideias, mas não se sabe qual a natureza dela", destacou o astrônomo.
Em sua pesquisa, Guimarães diz que a ideia foi descrever a expansão de forma independente dos modelos de energia escura.
Abordagem cosmográfica
Para isso, os cientistas brasileiros usaram a chamada abordagem cosmográfica.
Esse método se baseia na descrição da expansão cósmica como uma somatória de termos em função do desvio para o vermelho (medida da velocidade de afastamento) das supernovas, que é usado para traçar o brilho estelar (indicando a distância).
As supernovas foram divididas em três grupos: antigas, recentes e muito recentes. Por meio das análises cosmográficas, o pesquisador observou que, quanto mais recente os eventos das supernovas, maior era a probabilidade da atual desaceleração do Universo.
"O modelo Lambda-CDM diz que a aceleração tende sempre a aumentar. É interessante, pois nosso trabalho questiona esse paradigma, que usa uma forma particular para a energia escura para descrever a expansão cósmica", disse Guimarães.
Veja mais detalhes da pesquisa brasileira e suas implicações sobre a visão atual do Universo na reportagem:
Universo pode não estar em ritmo acelerado de expansão
Fonte: Agência Fapesp
Um comentário:
Tanto a energia escura quanto a matéria escura tem outra explicação no blog: "Olhando o Universo". O que diz o blog é que tem mais de dez evidencias mostrando que o universo não se expande e que é uma ilusão de ótica. Já a matéria escura não é materia e sim a gravidade do centro do universo que é uma energia gravitacional e por isso não pode ser detectada. Tem provas de que o universo tem um centro.
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