quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Gordura sintética protege coração de ataque cardíaco

Uma gordura sintética, chamada Intralipid®, pode oferecer um novo nível de proteção para os pacientes que sofreram ataque cardíaco.

A Intralipid, inventada pelo sueco Arvid Wretlind, foi a primeira emulsão lipídica aprovada para uso humano, em 1962, e é hoje um produto comercial destinado sobretudo em nutrição parenteral.

A Intralipid é aplicada como um componente da nutrição intravenosa, dada aos pacientes que não podem se alimentar, e também serve para tratar overdoses de anestesia local.

Essa gordura sintética é resultado de uma combinação de óleo de soja, fosfolipídios de ovo e glicerina.

Reperfusão

O tratamento atual para o ataque cardíaco se concentra em limitar a duração da isquemia, o período em que os tecidos do coração ficam sem oxigênio porque o fluxo de sangue até eles é reduzido.

Mas os danos ao músculo cardíaco podem ocorrer depois que o oxigênio e os nutrientes voltam a ser fornecidos para as células que passaram pela isquemia, um fenômeno conhecido como dano por reperfusão.

É este dano secundário que os cientistas estão tentando evitar, uma vez que ele ocorre quando o paciente já está sendo atendido no hospital.

Os pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA) verificaram que a Intralipid ajudar a manter a integridade e o funcionamento das células quando o corpo está sob estresse, como ocorre durante um ataque cardíaco.

Coração e transplantes

O estudo mostrou que a gordura sintética pode evitar o aumento dos danos ao coração e ajudar a preservar a função cardíaca quando usada durante o retorno do fluxo de sangue ao coração, imediatamente depois do ataque cardíaco.

O tratamento experimental diminuiu significativamente o dano ao músculo cardíaco causado pela reperfusão e prolongou a tolerância do tecido à falta de oxigênio.

Isso mostra que a técnica não tem sua ação limitada ao coração, podendo ser usada para processos isquêmicos em qualquer órgão para o qual o fluxo sanguíneo tenha sido bloqueado, assim como em órgãos para transplante.

Nanotecnologia pode ajudar a tratar isquemia

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