terça-feira, 15 de novembro de 2011

Coração em um chip será usado em testes de medicamentos

O Dr. Kevin Parker e seus colegas da Universidade de Harvard estão criando uma espécie de "coração artificial" dentro de um chip, similar aos processadores de computador.

O chip-coração, ou chip cardíaco, foi criado usando pequenos segmentos de tecido construídos com células do coração, inseridos em uma pastilha de silício.

Conectadas a eletrodos no interior do chip, as células pulsam como se fossem um coração.

Melhor que camundongos

Observando a contração do tecido, os cientistas podem estudar os efeitos de novos fármacos e medicamentos sobre o coração humano.

A tecnologia pode se tornar uma plataforma de testes melhor do que os corações de camundongos, utilizados hoje para testes de medicamentos.

O que funciona no coração do camundongo não funciona no coração humano


Além de substituir os testes com cobaias, o coração-em-um-chip representa um avanço também em relação às culturas de células, uma vez que a medição das contrações em nível de tecido é um teste mais realístico do que o monitoramento de células individuais.

Células-tronco

Para construir o chip cardíaco, os cientistas cultivaram uma camada de células musculares sobre uma pastilha de óxido de silício.

A seguir, eles seccionaram o tecido para criar segmentos separados, que são então ligados a eletrodos individuais.

Os eletrodos permitem a estimulação das seções de músculo cardíaco, possibilitando a realização de múltiplos experimentos de cada vez.

O protótipo usou células cardíacas de animais, mas os pesquisadores agora planejam ir mais longe.

Além de usarem células humanas, eles esperam futuramente criar chips cardíacos usando tecidos derivados de células-tronco humanas, criando uma nova plataforma para avaliar novas drogas para doenças do coração, como arritmia e paradas cardíacas.

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