Ambientes fechados são lugares altamente desaconselhados em épocas de gripe.
Mas essa facilidade de contaminação poderá ser largamente reduzida com filtros de ar capazes de remover os vírus das gripes e resfriados.
Esta é novidade apresentada por Xuebing Li e seus colegas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, em Lanzhou.
Os pesquisadores criaram um novo material que pode ser incorporado ou substituir as fibras usadas na construção não apenas de filtros de ar-condicionado de edifícios e automóveis, mas também de máscaras de uso pessoal.
O material é capaz de capturar os vírus influenza antes que eles cheguem aos olhos, narizes e bocas das pessoas e comecem a causar infecções.
Um filtro passivo, capaz de capturar vírus, pode se tornar uma ajuda valiosa para a redução do uso de medicamentos, com seus altos custos e efeitos colaterais.
Quitosana biofuncionalizada
O material é feito à base de quitosana, uma substância presente nas carapaças dos camarões.
As fibras antivirais são criadas agregando a proteína hemaglutinina às fibras de quitosana.
"A hemaglutinina na superfície do vírus é responsável por grudar o vírus à superfície da célula hospedeira por meio de glicoligantes, como a sialilactose, sendo portanto um alvo atrativo para os projetos antivirais," explicam os pesquisadores.
Eles afirmam ainda que o processo pode ter usos ainda mais amplos na medicina.
"Mais importante, esses materiais representam uma abordagem interessante para colocar um ligante de proteína em um suporte de quitosana, que é uma plataforma versátil para a biofuncionalização molecular e, portanto, pode ser usada não só para projetos antivirais, mas também para desenvolvimentos como o diagnóstico e a entrega de medicamentos," concluem.
A quitosana já vem sendo utilizada por pesquisadores brasileiros para a fabricação de materiais hospitalares e de filtros para metais pesados.
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