A tecnologia usa um biossensor para medir minúsculas concentrações de agregados de proteínas no fluido cerebroespinhal.
O aparelho, ainda em estágio de desenvolvimento, é um exemplo prático de um alerta feito recentemente por um grupo de cientistas de que já é possível fazer um diagnóstico precoce da doença de Alzheimer.
Os cientistas foram além e estão estudando também os sinais iniciais de Parkinson.
Beta-amiloides e alfa-sinucleína
As doenças neurodegenerativas são difíceis de diagnosticar em seus estágios iniciais porque apresentam sintomas muito similares.
Entretanto, em um nível celular, agregados das proteínas beta-amiloides e alfa-sinucleína têm sido associados com Alzheimer e Parkinson, respectivamente, tendo-se revelado bons indicadores do surgimento dessas doenças.
Shalini Prasad e seus colegas da Universidade do Texas (EUA) estão desenvolvendo seu sensor eletrônico para que ele seja capaz de detectar esses biomarcadores em baixíssimas concentrações, antes que eles induzam o aparecimento dos primeiros sintomas das doenças.
Nanomembrana
O aparelho é feito de uma placa de circuito eletrônico recoberta por uma folha porosa de óxido de alumínio, uma nanomembrana, capaz de filtrar fluidos e reter as partículas de interesse.
Os pesquisadores colocaram no interior fragmentos de anticorpos no interior dos poros da membrana, anticorpos que são específicos para os agregados de beta-amiloides ou alfa-sinucleína.
Quando essas proteínas passam pela membrana de óxido de alumínio, elas se ligam aos anticorpos, alterando a capacitância da placa e produzindo um sinal que é mostrado pela parte eletrônica do circuito.
O resultado sai em 15 minutos.
Os cientistas agora estão trabalhando em uma versão do biossensor que consiga detectar vários biomarcadores e, a seguir, planejam colocá-lo em testes clínicos.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário