sexta-feira, 25 de julho de 2008

Estudo divide jogadores de games em 14 categorias

Para muitos, a divisão do mercado de jogos eletrônicos entre os estereotipados “hardcore games” e os cada vez mais populares “casual games” — mais para passatempos do que para videogames — pode ser novidade. Para quem trabalha na indústria do entretenimento eletrônico, porém, esta classificação está ultrapassada.

Logo na abertura da Casual Connect, conferência sobre casual games que começou nesta quarta-feira (24), em Seattle, foram apresentados alguns resultados de um estudo em que o NPD Group entrevistou um painel de 2.611 norte-americanos com o objetivo de entender melhor quem são e do que gostam os adeptos dos jogos eletrônicos.

O estudo mostrou que 67% da população dos Estados Unidos joga e que 90% destes consomem casual games, contra 68% de hardcore – há uma sobreposição de 58%. A idade média do jogador é de 33 anos, pois há um grande número de jogadores mais velhos no segmento casual que compensa as crianças e adolescentes do universo hardcore, e a distribuição entre homens é mulheres é praticamente meio a meio.

O maior avanço da pesquisa, contudo, foi ampliar a classificação para um total de 14 segmentos, sendo quatro deles do universo hardcore, com destaque para os jogos de ação intensa, e dez, do casual, onde sobressaem os “clássicos”, versões digitais de jogos de cartas e tabuleiro, e, principalmente, os “Nancy Drews” — jogos de concentração.

Esta importante fatia do mercado, batizada em homenagem à personagem principal de uma série de histórias de detetive criada na década de 1930, é composta por 63% de mulheres e 59% de pessoas acima dos 35 anos, principalmente aposentados e donas de casa que jogam para relaxar e meditar. Curiosamente, 40% das “Nancy Drews” também jogam games classificados como “ação intensa”.

Neste outro segmento, que engloba os títulos que a maioria das pessoas normalmente associa a videogames porque são, de fato, os mais populares no mundo dos consoles, 73% dos jogadores são homens e quase metade está na faixa de 18 a 34 anos. Nos Estados Unidos, são populares entre estudantes, trabalhadores braçais e militares.

Os fãs destes jogos são o grupo que mais gasta dinheiro com jogos, mas é também o estilo onde a competição é mais difícil, com custos de desenvolvimento na casa dos milhões de dólares. A novidade no estudo é que 56% desses jogadores admitiram, sob a proteção do anonimato, que também jogam títulos do segmento Nancy Drew, derrubando as velhas barreiras entre o mundo hardcore e o casual.

Os outros três perfis de jogos e jogadores hardcore identificados pela pesquisa foram os “estrategistas lentos”, os “mundos da fantasia” e os “mundos virtuais”. Do lado casual, as demais categorias são “Bob-esponjas”, “ação social”, “frenéticos”, “clicadores”, “empreendedores”, “reis do Kong”, “dançarinos” e “mundos infantis”. O relatório completo, com 350 páginas, será publicado em breve.

Fonte: G1

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