O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, explicou que as informações serão passadas via celular ainda da casa do paciente. A equipe do hospital vai analisar se o caso é de infarto e indicar o tratamento necessário. Esse procedimento, segundo Temporão, demora cerca de cinco minutos.
"Nos casos de infarto agudo do miocárdio, 50% dos óbitos ocorrem nas duas primeiras horas. Com essa estratégia, poderemos reduzir em 20% esse número", disse.
Eletrocardiograma digital
O Ministério da Saúde espera que 1,3 mil municípios em todo o país contem com ambulâncias já equipadas com o aparelho digital de eletrocardiograma até o final deste ano.
Ao todo, 450 ambulâncias de suporte avançado, que dispõem de médicos, receberão kits com esse aparelho, além de um celular, como parte do Sistema Tele-Eletrocardiografia Digital, lançado hoje (28).
A iniciativa resulta de parceria entre o Ministério da Saúde e o Hospital do Coração.
Eletrocardiograma pelo celular
Atualmente, 86 ambulâncias já contam com esse sistema em 37 municípios de nove estados e no Distrito Federal.
Por meio dele, as informações de um eletrocardiograma de um paciente atendido em uma dessas ambulâncias podem ser enviadas por celular para uma central de atendimento, onde há cardiologistas.
Esses médicos farão o laudo, a ser será enviado para o celular disponível na ambulância, junto com o procedimento a ser feito, nos casos em que o paciente receber o diagnóstico de algum problema no coração.
Dúvida do diagnóstico
De acordo com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, essa tecnologia permite mais agilidade e precisão no atendimento. "Antes dessa tecnologia, havia médicos que dominavam mais ou menos um diagnóstico feito por meio de um eletrocardiograma. Isso poderia significar que o paciente ia para um hospital com dúvida do diagnóstico".
O coordenador-geral do Samu no Distrito Federal, Rodrigo Casadei, disse que o sistema vai ajudar não só nos casos de doenças do coração, mas também em outros diagnósticos. "Ele pode nos auxiliar numa série de outras patologias que não são fatais, por exemplo, um paciente que está tendo uma descompensação diabética [excesso de açúcar no sangue] a causa pode ser cardíaca e isso pode ser diagnosticado por esse equipamento."
O treinamento da equipe que vai usar os aparelhos será feito pelo Hospital do Coração de São Paulo. A unidade está investindo cerca de R$ 6 milhões nessa primeira etapa. A parceria faz parte da política dos hospitais de excelência de receberem renúncia fiscal de filantropia ao investirem em educação e treinamento de hospitais, informou o ministro.
Fonte: Diário da Saúde
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