segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Índia acusa China de atacar sites governamentais

Hackers chineses podem ser os responsáveis por diversos ataques contra o sistema on-line do governo da Índia. De acordo com entrevista ao jornal indiano “The Times”, o conselheiro de segurança do país, M.K. Narayanan, disse que seu escritório e outros departamentos do governo foram alvo de ciberataques em dezembro passado.

A data do golpe, 15 de dezembro, é a mesma que sucursais de empresas de tecnologia norte-americanas na China, incluindo o Google, relataram sofrer ataques, segundo Narayanan. Para a tentativa de invasão, os hackers enviaram um e-mail para diversos membros do governo indiano que continha um arquivo PDF anexado. Narayanan afirma que havia um vírus Trojan na mensagem.

Este arquivo malicioso permite que os hackers e crackers invadam os computadores conectados à rede, façam download e até apaguem arquivos importantes. “O conselheiro de segurança da Índia disse ao “The Times” que é difícil descobrir a origem dos ataques, mas que os principais suspeitos são os chineses, pois a Índia está cooperando com Estados Unidos e Grã-Bretanha para aperfeiçoar suas defesas na internet.

Por outro lado, o governo da China nega os ataques. O ministro de relações estrangeiras comunicou que “a prática de hacking é proibida em seu país”.

Google também sobre ataque e acusa a China

O Google está investigando se um ou mais funcionários podem ter facilitado um ataque do governo chinês que a empresa norte-americana diz ter sido vítima em meados de dezembro. A empresa soltou um comunicado informando que estaria pensando em se retirar do mercado chinês depois de reportar que foi atingido por um "sofisticado" ataque contra sua rede, o que resultou em roubo de propriedade intelectual.

Fontes próximas à situação disseram que o ataque, que visava pessoas com um acesso específico a partes da rede do Google, pode ter sido facilitado por funcionários do escritório da empresa na China. Analistas de segurança disseram que o malware software de invasão usado no ataque ao Google era uma modificação de um cavalo de troia chamado Hydraq. Um cavalo de troia é um malware que, uma vez dentro do computador, permite o acesso de alguém não autorizado. A sofisticação no ataque era em saber a quem atacar e não o malware em si, dizem analistas.

A mídia local, citando fontes anônimas, afirma que alguns funcionários do Google China tiveram acesso negado à rede interna depois de 13 de janeiro, enquanto algumas partes do quadro foram colocadas de férias e outras transferidas para diferentes escritórios do Google nas operações da Ásia Pacífico.

Fonte: G1

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