segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mesmo com serviço de localização desligado, iPhone rastreia usuário

Nos últimos dias, a Apple tem sido alvo de críticas de grupos que defendem a privacidade, por conta da coleta de dados automaticamente via iPhone. Para evitar esse rastreamento, bastaria desativar o serviço de localização. O problema é que isso não é o suficiente. É o que mostra um teste feito pelo Wall Street Journal.

Segundo a publicação, o smartphone coleta e armazena dados de posicionamento mesmo quando o recurso de localização está desligado. Com a ajuda de um especialista em segurança, o jornal desabilitou os serviços de localização e verificou o que era capturado pelo aparelho, movendo o iPhone para outros pontos. Depois de algumas horas, o arquivo mostrava todos os pontos. Vale lembrar que os resultados nem sempre foram precisos, com algumas localizações apontadas com quilômetros de distância.

Na última quarta-feira, 20/4, dois pesquisadores anunciaram um aplicativo de código aberto chamado iPhone Tracker, que pega dados de uma base de dados com histórico de localização que fica armazenada nos arquivos de backup do seu aparelho iOS em seu computador.

O app então coloca essa informação de localização em um mapa, permitindo que você visualize as “viagens” de seu smartphone no último ano. De acordo com os pesquisadores, os aparelhos da Apple utilizam essa base de dados de localização desde o lançamento do iOS 4, em junho de 2010.

Os dados parecem ser baseados na triangulação de torres celulares, e não em GPS. Isso significa que a informação de localização não é muito precisa. Os pesquisadores também descobriram nessa base de dados uma lista de pontos de acesso Wi-Fi aos quais seu aparelho se conectou no último ano.

Na semana passada, o deputado republicano Edward Markey solicitou que o Congresso dos Estados Unidos investigue o serviço de localização do iPhone, afirmando que a captura de dados pode colocar crianças em risco, pois sequestradores poderiam “hackear” seus aparelhos e usar as informações, o que soa um tanto quanto exagerado.

Fonte: IDG Now!

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