Porém, um novo estudo, realizado na República Tcheca e publicado na semana passada no "The Lancet", pode ter implicações para crianças em vários países: os pesquisadores descobriram que o medicamento antifebril torna algumas vacinas menos potentes.
A febre faz parte da resposta imunológica, e suprimi-la, afirmam os autores, parece atrapalhar a capacidade do corpo de produzir anticorpos.
Eles dividiram cerca de 450 crianças em dois grupos, metade deles recebendo acetaminofeno com suas vacinas. O grupo que não recebeu a substância teve mais febres – nenhuma delas séria –, mas também teve níveis "significativamente mais baixos" de anticorpos contra pneumococos, Haemophilus influenzae, difteria, tétano e coqueluche. Após doses de reforço, a fraca proteção ainda persistiu para tétano e pneumococo.
Os autores disseram que suas descobertas precisavam de "avaliações mais profundas", mas sugeriam que medicamentos antifebris não deveriam ser administrados rotineiramente, mas apenas quando necessário.
Em um artigo, os pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos disseram que o estudo tcheco ofereceu "um caso importante" contra a medicação rotineira, mas que o assunto precisaria de mais estudos, especialmente porque a maioria das crianças em ambos os grupos desenvolveram anticorpos para protegê-las contra infecção.
O estudo foi financiado pela GlaxoSmithKline, que produz vacinas.
Fonte: G1
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