Como explica o coordenador Edvan Alveso, da Embrapa, o trabalho inclui a criação de um banco de germoplasma - um pomar com diversos exemplares de cada espécie, que permitirá a seleção e cruzamento visando à criação de plantas mais apropriadas para a agricultura comercial. “Até o momento não há nada definido para técnicas de propagação (cultivo) dessas espécies. Ainda é extrativismo. Não existe um sistema de produção para essas fruteiras”, aponta.
Também será feita a análise genética dos vegetais, permitindo conhecer a variabilidade de cada espécie e, posteriormente, o emprego da biotecnologia para obter espécimes mais resistentes e produtivos.
“Conhecer a variabilidade genética é importante para o melhoramento”,
observa Alves. Segundo ele, a pesquisa é uma forma de avançar na domesticação das frutas, que hoje são exploradas ainda de forma rudimentar em comparação a outras espécies melhor dominadas pelo homem. O camu-camu, por exemplo, é encontrado na natureza com teor de vitamina C entre 2000 a 6000 miligramas por 100 gramas de fruta. Com a pesquisa, será possível ter plantas padronizadas com teor máximo da vitamina.
Outro passo fundamental da pesquisa, explica o funcionário da Embrapa, será a criação de condições para a produção de mudas em laboratório, proporcionando maior produtividade e qualidade para seu cultivo.
A adaptação das plantas aos diferentes ambientes de Roraima – floresta tropical, cerrado e áreas de transição entre ambos biomas – também será observada. Alves salienta, no entanto, que os resultados obtidos serão úteis para agricutores em toda a Amazônia.
O projeto começa a ser realizado em novembro em Boa Vista por meio de uma parceria da Embrapa Roraima e da Embrapa Amazônia Oriental com o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), a Universidade Federal de Roraima, a Universidade Estadual de Roraima e a Escola Agrotécnica de Roraima.
Fonte: G1
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