As células-tronco iPS consistem em células adultas que, uma vez reprogramadas, voltam ao estado embrionário, com potencial para se transformar em qualquer outra célula.
A técnica é mais um passo no caminho de conseguir a produção de um grande número de células-tronco sem a utilização de embriões humanos.
O uso de embriões para o cultivo de células-tronco é polêmico porque muitos ativistas alegam que é antiético destruir embriões em nome da ciência, já que eles representam "vida humana em potencial".
Uso de células-tronco ainda é um sonho
Em um artigo publicado na última edição da revista especializada Nature Methods, a equipe de pesquisadores relata como conseguiu, com a adição de compostos químicos, produzir células-tronco a partir de tecidos adultos de maneira 200 vezes mais eficiente e duas vezes mais rápida do que nos métodos anteriores.
As células-tronco são capazes de se desenvolver em qualquer outra célula do organismo e, por isso, são consideradas promissoras para futuros tratamentos de doenças degenerativas ou de acidentes com danos permanentes.
Apesar das expectativas, contudo, James Thomson, o descobridor das células-tronco embrionárias humanas, afirma que o uso das células-tronco contra doenças ainda é "um sonho".
Segundo Thomson, que está participando de um evento sobre o assunto em Recife, a expectativa concreta para os próximos 10 anos consiste na utilização das células-tronco para testes de medicamentos, e não para uso direto em seres humanos.
Sobre as células-tronco iPS, Thomson afirmou que elas representam "um caminho forte para o futuro". Mas, como ainda não se conhece seu verdadeiro potencial, é difícil predizer quando será esse futuro.
Processo fundamental das células
O coordenador do estudo agora apresentado, Sheng Ding, disse que os pesquisadores conseguiram manipular um processo "fundamental" nas células.
"Tanto em termos de velocidade como de eficiência, nós conseguimos grandes melhorias sobre as condições convencionais", afirmou ele.
"Acredito que este método será rapidamente adotado pelos estudos futuros, acelerando as pesquisas significativamente", disse.
Fonte: Diário da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário