"O que vemos hoje mudará a forma como enxergamos o câncer", disse Mike Stratton, britânico integrante do Projeto do Genoma do Câncer, iniciativa que reúne cientistas de 10 países que tentam mapear os genomas dos principais tipos de câncer.
"Nunca vimos o câncer revelado desta forma antes", completou.
O mapeamento abre caminho para testes sanguíneos capazes de detectar tumores mais cedo do que atualmente e para o desenvolvimento de novas drogas para tratamento.
Criando mutações genéticas
O cientistas sequenciaram o DNA de tecidos cancerígenos e normais e os compararam. Os com tumores de pulmão apresentavam 23 mil mutações, quase todas causadas pelo fumo.
Os especialistas calcularam que um fumante típico adquire uma nova mutação para cada 15 cigarros que fuma.
"É como jogar roleta russa. A grande maioria das mutações não causará câncer, mas algumas podem", diz Peter Campbell, responsável pela pesquisa.
Ao largar o cigarro, o risco é reduzido gradualmente até que a possibilidade de câncer de pulmão volta a ser a mesma de alguém que nunca fumou. Suspeita-se que isso ocorra porque as células com mutações são repostas por células saudáveis.
Mutações causadas pelo Sol
Os cientistas descobriram que para o câncer de pele melanoma, as mutações, quase todas causadas pela exposição ao Sol, chegam a 30 mil.
Os cientistas dizem que pode ser possível no futuro determinar exatamente quais hábitos e outros fatores causam tumores diferentes.
Fonte: Diário da Saúde
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