O estudo, publicado na revista científica PLoS ONE, fornece uma prova de princípio - ou seja, uma demonstração de viabilidade - de que as células-tronco humanas podem ser reprojetadas para se tornarem uma espécie de vacina genética.
Restauração do sistema imunológico
"Nós demonstramos nesta prova de princípio que este tipo de abordagem pode ser usado para reconfigurar o sistema imunológico humano, particularmente a resposta das células T, para alvejar especificamente as células infectadas com o HIV," afirma Scott G. Kitchen, coordenador do estudo.
"Estes estudos estabelecem os fundamentos para o desenvolvimento de terapias que envolvem a restauração de respostas imunológicas danificadas ou defeituosas contra uma grande variedade de vírus que causam doenças crônicas, ou mesmo diferentes tipos de tumores," diz o médico.
Células assassinas
Usando os linfócitos T CD8, que são citotóxicos - células T "matadoras," que ajudam a combater as infecções - de um indivíduo infectado pelo HIV, os pesquisadores identificaram a molécula conhecida como receptora nas células T - que orienta as células T para que elas reconheçam e matem as células infectadas pelo HIV.
Essas células, embora capazes de destruir as células infectadas pelo HIV, não existem em quantidade suficiente no organismo para eliminar totalmente o vírus do corpo.
Então os pesquisadores clonaram o receptor e reprojetaram geneticamente células-tronco do sangue humano, colocando essas células-tronco em tecido do timo humano que havia sido implantado em ratos. Isto permitiu que eles estudassem a reação em um organismo vivo.
As células-tronco geneticamente modificadas geraram uma grande população de células CD8 maduras e multifuncionais específicas para o HIV - capazes de alvejar especificamente células contendo as proteínas do HIV.
Compatibilidade da vacina
Os pesquisadores também descobriram que os receptores das células T específicas do HIV devem ser compatíveis com cada indivíduo, da mesma forma que um órgão a ser transplantado deve ser compatível com o paciente receptor.
O próximo passo da pesquisa será testar esta estratégia em um modelo mais avançado para determinar se ele irá funcionar no corpo humano. Os pesquisadores também esperam expandir a gama de vírus contra os quais essa abordagem poderia ser usada.
Mas os resultados atuais já sugerem que esta estratégia poderia ser uma arma eficaz na luta contra a AIDS e outras doenças virais.
"Esta abordagem poderia ser usada para combater uma grande variedade de doenças virais crônicas," disse Jerome A. Zack, um dos membros da equipe. "É como uma vacina genética".
Fonte: Diário da Saúde
Um comentário:
tens previsão sobre quanto tempo isso vai ser acessível, eo valor?
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