Agora que foi obtido o total da informação genética - calcula-se que o feijão rajado tenha 630 milhões de bases nitrogenadas - será utilizada uma técnica chamada pirossequenciamento com a qual os cientistas tentarão descobrir os genes da planta para saber quais deles são mais propensos à seca, fungos e bactérias.
Segundo o Dr Alfredo Herrea Estrella, do Centro de Pesquisa e de Estudos Avançados (Cinvestav, em espanhol), até junho deste ano já existirão avanços no genoma do feijão rajado e em dezembro espera-se que o trabalho esteja concluído.
Valor nutricional do feijão
Com esse estudo também se saberá por que esta leguminosa é rica em ferro, vitaminas e ácido fólico, e que material genético pode torná-lo mais tolerante à seca e às bactérias.
"Com o material de pesquisa obteremos marcadores biomoleculares; poderíamos produzir um grão melhor e dar um uso racional aos cultivos de feijão em geral, com o objetivo de apoiar a seleção e o desenvolvimento de novas variedades da leguminosa," disse.
Capacitação dos agricultores
A pesquisa, assegurou Herrera Estrella, não vai parar neste ponto, como aconteceu com o sequenciamento genético do milho de pipoca - que também foi sequenciado pelo Cinvestav.
Isso porque o projeto conjunto, envolvendo quatro países, inclui ainda o treinamento de produtores da América Central e da América do Sul, para que sejam utilizados os resultados do trabalho para o melhoramento das lavouras de feijão.
A pesquisa conta com um investimento de 2,7 milhões de dólares, dos quais o México contribuiu com 600 mil dólares.
"Concluída a pesquisa, parte do objetivo deste trabalho é capacitar os agricultores, ensinando-lhes como podem melhorar o feijão," concluiu o pesquisador.
Fonte: Diário da Saúde
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