A droga foi proibida na década de 60 depois de milhares de crianças nascerem com atrofia dos membros ou problemas cardíacos. Voltou ao mercado na década seguinte - sob rigorosa legislação -, pois constitui uma boa alternativa para tratamento de doenças como hanseníase, lúpus, câncer na medula óssea e artrite reumatoide.
As informações são do repórter Alexandre Gonçalves, do jornal "O Estado de S. Paulo".
Hoje, a talidomida chega a ser indicada para até 60 tipos de tratamentos, que incluem alívio dos sintomas de portadores do HIV e diminuição do risco de rejeição em transplantes de medula. Contudo, o acesso é restrito a pacientes cadastrados nos programas públicos de saúde.
O estudo mostrou como a talidomida liga-se a uma enzima chamada cereblon, muito importante nos dois primeiros meses do feto para o desenvolvimento dos membros. A ligação torna inativa a enzima, o que provoca a malformação.
"Agora queremos identificar os mecanismos químicos da talidomida responsáveis pelos efeitos anticâncer", afirma o coordenador da pesquisa, Hiroshi Handa, do Instituto de Tecnologia de Tóquio. Dessa forma, os cientistas esperam criar derivados da talidomida que não reajam com a enzima cereblon, mas sejam eficazes no tratamento das doenças.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário