Uma parte significativa dessas intervenções cirúrgicas (entre 5% e 10%) acaba por gerar complicações posteriores, que normalmente implicam uma nova cirurgia para efeitos de revisão.
Mas a solução para este problema pode agora estar mais próxima.
Prótese inteligente
Clara Frias, engenheira da Universidade do Porto, em Portugal, acaba de criar uma "prótese inteligente". Trata-se de um dispositivo inovador em nível mundial, dotado de sensores capazes de detectar possíveis problemas com o implante.
Além disso, através da aplicação de cápsulas e sensores eletrônicos, o implante inteligente estimula o crescimento ósseo e com isso melhora a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo os riscos associados à cirurgia.
Isso permite uma atuação do médico de forma não-invasiva, não apenas para acompanhar o pós-operatório, mas também para atuar diretamente no implante.
Sensores e atuadores
Na prática, o Smart Hip, como foi batizada a prótese inteligente, consiste numa rede de cápsulas, sensores de medição e atuadores que são introduzidos no implante que se encaixa no quadril.
Depois de ativado pelo médico - através de um computador com ligação a um dispositivo Bluetooth - os elementos que compõem a prótese inteligente transmitem informações que vão permitir combater as potenciais complicações do pós-operatório.
Os sensores detectam possíveis problemas com o implante e os atuadores estimulam o crescimento ósseo necessário. Desta forma, o dispositivo induz o crescimento do osso e sua aceitação pelo organismo.
Crescimento ósseo
Paralelamente, afirma Clara, "estamos desenvolvendo uma rede de atuadores capaz de estimular o crescimento ósseo na superfície do implante" que será controlada exteriormente pelo médico, assim como a rede de sensores, usando um sistema wireless.
A validação do conceito da prótese inteligente foi comprovada em estudo celular e foi recentemente testada em animais, com resultados "muito animadores", acrescenta ela.
O invento foi patenteado pela universidade e o próximo passo será a validação do conceito em humanos.
Fonte: Diário da Saúde
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