Os experimentos foram feitos em camundongos e a droga agora está sendo testada em seres humanos.
"As drogas usadas atualmente para tratar a doença de Parkinson tratam apenas os sintomas, elas não impedem que a doença piore," explica o Dr. Curt Freed, coordenador da pesquisa. "Nós agora descobrimos que podemos prevenir a progressão da doença ativando um gene protetor no cérebro."
Gene protetor
O principal autor do estudo é o Dr. Wenbo Zhou, que descobriu que a droga fenilbutirato ativa um gene que pode proteger os neurônios de dopamina na doença de Parkinson.
O gene, chamado DJ-1, pode aumentar a produção de antioxidantes, como a glutationa, para reduzir os efeitos debilitantes do excesso de oxigênio nas células cerebrais.
Além disso, a ativação do gene DJ-1 ajuda a eliminar as células de proteínas anormais que poderiam se acumular e matar as células do cérebro.
Os neurônios dopaminérgicos são particularmente suscetíveis a muito oxigênio e a depósitos anormais de proteínas. A doença de Parkinson é causada pela morte de neurônios dopaminérgicos no mesencéfalo.
Neurônios de dopamina
O gene DJ-1 e seu papel no Mal de Parkinson foram descobertos em 2003 por pesquisadores europeus.
Mas, para converter essa descoberta em um tratamento prático para a doença de Parkinson, era necessário encontrar um medicamento para ligar o gene DJ-1.
Depois de testar várias drogas, a equipe descobriu que o fenilbutirato ativa o DJ-1 e conserva os neurônios dopaminérgicos.
Camundongos que receberam a droga mantiveram a capacidade normal de movimento durante o envelhecimento, não tiveram declínios na função mental e seus cérebros não acumularam a proteína que causa o Mal de Parkinson.
Espera-se para os próximos meses os primeiros resultados da aplicação da droga em seres humanos, com vistas a verificar se a droga é segura e não gera efeitos colaterais danosos.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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