O ônibus espacial Endeavour acaba de ser colocado em sua plataforma de lançamento, em preparação para o seu último voo, programado para o dia 19 de Abril.
No compartimento de carga da Endeavour estão várias peças sobressalentes para a Estação Espacial Internacional, incluindo duas antenas de comunicação na banda S, um tanque de gás de alta pressão, peças de reposição para o robô Dextre e placas de proteção contra micrometeoritos.
Mas a "carga" mais importante é o longamente aguardado Espectrômetro Magnético Alfa, ou AMS (Alpha Magnetic Spectrometer).
Espectrômetro Magnético Alfa
O AMS é um detector de raios cósmicos de US$1,5 bilhão, que só não é uma nave independente porque suas pesquisas precisam dos supercomputadores da Estação Espacial - seria inviável construir uma sonda espacial independente com tamanho poder de processamento.
Além de detectar galáxias distantes formadas inteiramente por antimatéria, o AMS testará a teoria da Matéria Escura, uma substância misteriosa e invisível que compreende 83% de toda a matéria no Universo.
E ele também irá procurar por strangelets, uma forma teórica de matéria que seria ultramaciça por conter os chamados quarks estranhos.
Um melhor entendimento das strangelets irá ajudar os cientistas a estudar microquasares, minúsculos buracos negros primordiais, conforme eles evaporam, o que, por mais estranho que pareça, poderia comprovar que eles de fato existem.
Não é à toa que o AMS é chamado de "LHC do espaço": há muitas descobertas que se espera que este novo laboratório espacial faça - mas há muitas mais que poderão ocorrer, mas que simplesmente não são previstas.
Veja tudo a respeito do AMS na reportagem Vai começar a busca por Galáxias de Antimatéria.
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