O Dr. Jordan Boyle, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, diz ter-se inspirado no verme C. elegans para construir seu mais novo robô.
Contudo, enquanto um espécime do pequeno verme não mede mais do que 1 milímetro de comprimento, o robô biomimético tem cerca de dois metros de uma extremidade a outra.
É que seria complicado demais construir o robô tão miniaturizado. E, em segundo lugar, seria difícil aferir se o entendimento do movimento do verme estava correto.
Outra diferença é que, ao contrário do verme e dos robôs de corpo mole, o protótipo do Dr. Boyle tem uma "espinha dorsal" rígida, o que o faz lembrar mais uma cobra.
Robô de salvamento
O pesquisador espera que seu robô se transforme um dia em uma ferramenta útil para as equipes de resgate e salvamento, carregando câmeras e sensores de calor no interior de prédios desabados e outros locais inacessíveis.
"Uma versão futura desse robô poderá navegar através de fendas e buracos irregulares em prédios danificados pelo fogo, por explosões ou por terremotos," afirma Boyle.
Segundo ele, o robô poderá ser ajustado para operar em diversos tipos de terrenos e ambientes simplesmente trocando sua "pele".
"Por exemplo, ele poderá ser capaz de nadar na água ou perfurar através da neve ou da lama, mesmo que tenha que navegar através de obstáculos naturais, como árvores," afirma.
Sempre em frente
O protótipo mostrou-se altamente eficiente justamente em desviar de obstáculos.
Os vermes, assim como as cobras, movem-se para frente colocando seu corpo no formato de uma onda "ideal". Quando eles se deparam com um obstáculo, esse formato é alterado para que o obstáculo possa ser superado.
"A combinação de um sistema de controle flexível e do corpo curvável significa que o robô se adapta cegamente a qualquer obstáculo que o impeça de mover-se para a frente," explicou Boyle.
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