A constatação surpreendente foi feita por pesquisadores da Universidade Emory e do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos.
O estudo foi publicado no Journal of Infectious Diseases.
Proteção duradoura
Camundongos que receberam uma vacina em dose única contra o H1N1 através da pele, usando as microagulhas revestidas de metal, assim como os camundongos vacinados através de injeção subcutânea, foram 100 por cento protegidos em um teste letal para os animais, seis semanas após a vacinação.
Contudo, quando se depararam com o vírus H1N1, seis meses depois, os camundongos que receberam a injeção apresentaram uma redução de 60 por cento na produção de anticorpos contra o vírus e a inflamação pulmonar.
Os animais que foram vacinados com as microagulhas, por outro lado, mantiveram altos níveis de proteção e produção de anticorpos após os seis meses, sem sinais de inflamação pulmonar.
"Um dos principais objetivos do desenvolvimento da vacina da gripe tem sido o de conferir fortes respostas imunes, incluindo a memória imunológica e a resposta imunológica celular para uma proteção a longo prazo, e limitar a propagação do vírus após a infecção," destaca o Dr. Dimitrios Koutsonanos, coordenador do estudo.
Forma mais eficiente de aplicar vacinas
Os cientistas já sabiam que a injeção intramuscular não é a forma mais eficiente para aplicar vacinas.
Os músculos têm uma baixa concentração das células necessárias para retransmitir os sinais imunológicos e ativar uma resposta das células T, incluindo as células dendríticas, macrófagos e células que expressam a MHC classe II.
A pele, por seu lado, contém uma rica rede de células com antígenos, incluindo macrófagos, células de Langerhans e células dendríticas dérmicas, que ativam as citocinas e as quimiocinas - as células imunológicas de sinalização responsáveis por iniciar uma resposta imunológica.
"A aplicação com microagulhas também oferece outras vantagens logísticas que tornam este método atraente para a vacinação contra a gripe, como o baixo custo de fabricação, as pequenas dimensões, o fácil armazenamento e distribuição, e a administração simples, que pode permitir a auto-vacinação para aumentar a cobertura," defendem os pesquisadores.
Microaplicador de medicamento substitui injeções sem dor
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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