A pesquisa, publicada na revista Science, pode ser uma rota segura para o desenvolvimento de uma vacina universal contra a gripe, que não precise ser refeita todos os anos.
"Este trabalho representa um desenvolvimento entusiasmador na pesquisa sobre a gripe porque ele lida com um problema que surge quando um novo vírus, contra o qual a população tem uma imunidade limitada, se transfere e se espalha entre humanos," disse o Dr. Steven Gamblin, que descobriu o novo anticorpo juntamente com seus colegas John Skehel e Antonio Lanzavecchia.
Super anticorpo
Depois de analisarem mais de 100.000 amostras de células imunológicas de pacientes que tiveram gripe ou que tomaram uma vacina sazonal contra a gripe, os cientistas isolaram o super anticorpo.
Chamado FI6, o anticorpo ataca uma proteína encontrada na superfície de todos os vírus da influenza A, chamada hemaglutinina.
A hemaglutinina tem sido o alvo de todas as tentativas de neutralizar os vírus da gripe.
Mas isso não é fácil porque a proteína passa por um processo contínuo de evolução, forçada pela pressão dos anticorpos que a atacam. É por isso que é necessário refazer as vacinas contra a gripe todos os anos.
Hemaglutinina
Geneticamente, há 16 subtipos de hemaglutinina nos vírus da gripe, que formam dois grupos.
Os anticorpos normalmente neutralizam as cepas homólogas dentro de um dado subtipo, e novas vacinas têm que ser produzidas a cada ano para coincidirem com essas cepas.
Já haviam sido descobertos anticorpos capazes de neutralizar vários subtipos da proteína dentro do grupo 1 ou do grupo 2.
Mas esta é a primeira vez que se identifica um anticorpo capaz de atacar todos os 16 subtipos dos vírus dos grupos 1 e 2.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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