O software, chamado InVesalius, permite o uso da imagem de ressonância magnética ou de tomografia computadorizada para recriar uma cópia em tamanho natural imprensa em 3D em gesso, cerâmica, plástico e metal.
"Qualquer órgão é reproduzível", explica o matemático e engenheiro mecânico Marcelo Oliveira, especialista do CTI.
Menores riscos para o paciente
A partir da cópia feita com o InVesalius é possível confeccionar próteses e planejar melhor os procedimentos, o que economiza 60% do tempo de cirurgia, aumenta a precisão e diminui os riscos para o paciente, segundo o especialista.
Segundo Marcelo, com a tecnologia é possível reproduzir e ampliar células e até pequenas partículas vistas em microscópios, como a proteína de hemoglobina.
A tecnologia tem sido especialmente utilizada em cirurgias de reconstituição craniana e facial, para a produção de próteses do osso fêmur - o que melhora a articulação da prótese com a bacia, evita novas lesões e garante mais conforto aos pacientes.
Software livre
Cerca de 130 hospitais públicos já utilizaram a tecnologia, que começou a ser desenvolvida em 2001. Mais de 300 cirurgiões brasileiros conhecem o recurso e já utilizaram em 1.980 atendimentos.
Há uma rede de mais de 4.750 desenvolvedores de software de cerca de 65 países que participam dos fóruns de discussão para o desenvolvimento da tecnologia, que é considerada pela comunidade científica internacional uma das fronteiras do conhecimento para esta década.
O CTI trabalha atualmente na adaptação do uso do InVesalius com sensores de movimento, que funcionam como mouses virtuais e captam o movimento do cirurgião no centro cirúrgico e evita, assim, o contato com computadores e eventual contaminação.
O programa é totalmente gratuito e está disponível no portal www.softwarepublico.gov.br.
Fonte: Agência Brasil
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