Andar sobre as águas pode ser o sonho de muitos humanos, mas este é exatamente o modo de vida de alguns insetos aquáticos.
Como são muito leves, eles exploram a tensão superficial da água para obter um apoio que os permite mover-se com grande rapidez e eficiência.
A "leveza" desses insetos já inspirou pesquisadores a criar robôs que andam sobre a água antes, e também alguns que andam sobre a água e a terra.
Xinbin Zhang e seus colegas do Instituto de Tecnologia Harbin, na China, além de atualizarem tecnologicamente o conceito, adotaram algumas soluções ligeiramente diferentes, de forma a ganhar em robustez.
Modelo numérico
O novo microrrobô flutuante possui dez pernas super-hidrofóbicas, para sua sustentação, e duas pernas de impulso, acionadas por dois micromotores de corrente contínua.
Além de sua alta velocidade, a variação no funcionamento de um dos motores dá ao robô uma grande capacidade de movimento, com curvas bastante suaves.
Os cientistas criaram um modelo numérico que descreve a interface entre as pernas parcialmente submersas e a interface ar-água.
O modelo permitiu aprimorar o mecanismo tanto das pernas de sustentação quanto da força exercida pelas pernas atuadoras.
Monitoramento de águas
O objetivo é desenvolver microrrobôs para monitoramento de grandes reservatórios de água.
Em vez de sensores fixos, os pequenos robôs poderão coletar dados de áreas maiores, além de dados adicionais sobre ventos e correntes.
Os pesquisadores afirmam que, com a miniaturização crescente, logo será possível incorporar microcâmeras a esses robôs, que usarão o mesmo sistema de comunicação e transmissão de dados que as redes de sensores remotos.
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