Se tudo correr conforme o planejado, nesta terça-feira a sonda espacial Juno partirá em direção a Júpiter.
A sonda deverá chegar a Júpiter em julho de 2016.
O objetivo primário da missão é melhorar nossa compreensão da formação e evolução de Júpiter. A sonda passará um ano investigando as origens do planeta, sua estrutura interior, atmosfera profunda e magnetosfera.
Durante esse ano, a Juno completará 33 órbitas ao redor de Júpiter. Ao final, a sonda será dirigida para um choque programado no planeta, capturando seus últimos dados antes de se destruir.
Conexão mítica
Nas mitologias grega e romana, Júpiter atraiu ao seu redor um véu de nuvens para esconder sua maldade.
Foi a mulher de Júpiter, a deusa Juno, que foi capaz de romper essas nuvens e revelar a verdadeira natureza do deus.
A sonda Juno também vai tentar desvendar os segredos abaixo das nuvens de Júpiter para ver qual é a do planeta, não em busca de sinais de mau comportamento, mas ajudando-nos a compreender a sua estrutura ter alguns insights sobre sua formação e sua história.
Na verdade, os astrônomos esperam que esses insights os ajudem a caiar suas teorias de formação planetária, chacoalhadas nos últimos anos por planetas com órbitas retrógradas, planetas com órbitas inclinadas e partículas de cometas "mal-comportadas".
Teoria que explicava formação dos planetas cai por terra
A janela de lançamento da sonda Juno vai do dia 5 ao dia 26 de Agosto. Depois disso, serão cinco anos de viagem.
Para impulsioná-la a tal distância, será usado o foguete Atlas mais potente já construído, o Atlas V 551.
Esta será a primeira vez na história que uma nave espacial usará energia solar tão longe no espaço - os gigantescos painéis solares medem quase 9 metros de comprimento.
A missão também será a primeira na qual a nave será posicionada em uma órbita polar elíptica ao redor do planeta, de modo a ajudar os cientistas a entender melhor a sua formação, evolução e estrutura.
Olhos de Juno
Veja algumas das pesquisas que os instrumentos científicos da sonda Juno farão:
-determinar a quantidade de água na atmosfera de Júpiter, o que ajudará a decidir qual teoria de formação planetária está correta ou se são necessárias novas teorias
-mapear os campos magnéticos e gravitacional de Júpiter, revelando a estrutura profunda do planeta
-explorar e estudar a magnetosfera de Júpiter nos pólos do planeta, especialmente as auroras, na tentativa de descobrir como o enorme campo magnético do planeta afeta sua atmosfera
-olhar profundamente na atmosfera de Júpiter para medir a composição, temperatura, e o movimentos das suas nuvens e das suas gigantescas tempestades
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