Os centrossomos participam do direcionamento dos cromossomos, as estruturas que guardam o material genético em organismos como o humano, para as duas células-filhas geradas a partir de uma célula-mãe. Em células cancerosas, ocorre um excesso e um descontrole dos centrossomos, o que acaba levando à multiplicação desenfreada desse tipo de célula e a irregularidades em seu material genético, porque os cromossomos acabam adotando uma configuração aleatória.
O papel da ORC1 é duplo. O primeiro, já conhecido, é o "licenciamento" da multiplicação do DNA no núcleo da célula. O segundo, descoberto pela brasileira e seus colegas, envolve o controle da produção de centrossomos: ela faz com que só dois surjam, um para cada célula resultante da divisão da célula-mãe.
"Talvez essa proteína possa, no futuro, ter um grande poder terapêutico. Não estamos aqui falando de uma solução milagrosa para o câncer. Sabemos, afinal, que essa doença é desencadeada por inúmeros outros fatores. Mas pode ser que a aplicação da proteína consiga minimizar a velocidade de crescimento, a agressividade e os sintomas do câncer”, declarou a pesquisadora em comunicado oficial. A pesquisa está na edição desta semana da revista americana "Science".
Fonte: G1
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