Roupas que mudam de cor
"O efeito poderá ser utilizado na fabricação de roupas que mudem automaticamente de cor para se adaptar a diferentes situações visuais," diz o professor George Bachand, que coordenou o trabalho que levou à descoberta da camuflagem.
Segundo ele, essas roupas capazes de mudar de cor sem a necessidade de qualquer fonte externa de energia poderão se tornar realidade em um período entre cinco e 10 anos, dependendo do andamento das pesquisas.
Combustível celular
A fonte de energia, tanto para as camuflagens biológicas quanto para a camuflagem sintética que está sendo desenvolvida pela equipe do professor Bachand, é o combustível celular básico chamado ATP - adrenosina trifosfato.
As moléculas de ATP liberam energia à medida que se quebram. Cerca de 50% dessa energia é absorvida pelas proteínas motoras - minúsculos motores moleculares capazes de se mover sobre superfícies.
São esses motores moleculares que agregam ou dispersam os cristais de pigmentação da pele, carregadas em suas "caudas", à medida que andam ao longo dos microtúbulos do esqueleto celular, fazendo com que os animais mudem de cor.
Chave liga-desliga de motores moleculares
Para imitar a camuflagem natural os cientistas tiveram que desenvolver uma forma mais simples de ligar e desligar o movimento dos motores proteicos, que é complexo demais nos seres vivos.
A solução veio com íons de zinco que travam as proteínas. Compostos químicos específicos anulam a ação dos íons de zinco, liberando as proteínas. O processo é controlável e reversível.
"Nós essencialmente reprojetamos a estrutura da proteína para introduzir uma chave no motor," diz Bachand. "Desta forma nós agora podemos ligar e desligar nossos dispositivos nanofluídicos."
Fonte: Inovação Tecnológica
Nenhum comentário:
Postar um comentário