Contudo, nem sempre há uma relação simples de causalidade, do tipo "esta doença causa aquela." Na verdade, o risco de algumas doenças ocorrerem em conjunto, ao mesmo tempo, no mesmo paciente, é muito maior do que o risco dessas doenças surgirem sozinhas, mesmo que os médicos não consigam isolar sua causa.
Rede Fenotípica de Doenças
Agora, uma equipe de cientistas das Universidades Northeastern e Harvard (EUA) criou um mapa que mostra visualmente essas "associações entre doenças". O mapa foi formalmente batizado de Rede Fenotípica de Doenças.
O trabalho foi gigantesco, envolvendo 32 milhões de registros médicos e 13 milhões de pacientes hospitalizados, o que torna o Mapa das Doenças a maior base de dados de relacionamentos entre doenças já construído.
Mapa das Doenças na internet
O mapa foi disponibilizado gratuitamente na internet em um site interativo chamado HuDiNe (HUman DIsease NEtwork - http://hudine.neu.edu).
Nele, os visitantes podem comparar a intensidade das associações entre doenças específicas, com a possibilidade de mostrar os dados por sexo e por etnia.
Os especialistas acreditam que o estudo de conexões como essas poderá melhorar muito o conhecimento médico e até mesmo ajudar a elucidar as origens de algumas doenças específicas.
Doenças associadas
"A rede de mapeamento de doenças usando registros médicos digitalizados muda dramaticamente a forma como nós entendemos as doenças em geral," diz o Dr. César Hidalgo, que coordenou a criação do Mapa das Doenças. "As redes de interconexões entre as doenças também poderão ser utilizadas para informar os pacientes das doenças que eles têm maior risco de desenvolver."
O resultado do trabalho foi publicado no jornal científico PLoS Computational Biology.
Entre os primeiros resultados da pesquisa, os cientistas constataram que pacientes afetados por doenças que apresentam altos índices de conexão morrem mais cedo do que os pacientes que sofrem de doenças com menor número de conexões.
Fonte: Diário da Saúde
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