Em 2001 o governo Bush editou uma resolução do executivo que proibia o financiamento com dinheiro público das pesquisas com células-tronco embrionárias. Esse bloqueio custou aos cientistas americanos um atraso considerável quando comparados ao restante do mundo, especialmente a Europa. Uma das primeiras medidas após Barack Obama tomar posse foi a suspensão dessa medida, mas esse ato, sozinho, não tinha trazido efeitos reais. Com a divulgação da proposta de normas para o financiamento o apoio do governo passará a ser uma realidade muito em breve.
O impacto da entrada dessa fonte de financiamento, que é a maior em pesquisas no mundo, será gigantesco. Apenas 21 linhagens de células tronco embrionárias conseguiram receber apoio governamental nos últimos 8 anos, contra 700 linhagens em pesquisas privadas. Habitualmente, essa relação é inversa. A proposta está disponível para consulta pública no site do NIH (www.nih.gov) e, se não for modificada, entrará em vigor em 30 dias.
As regras colocam limites claros para os pesquisadores que desejem se candidatar ao financiamento. Os embriões utilizados deverão ser os que estão disponíveis nas clinicas de fertilização e considerados como descartados para essa finalidade. Os casais doadores deverão consentir por escrito na utilização dos embriões em pesquisa. Não será permitido a criação de embriões somente para pesquisa e muito menos os casais poderão ser recompensados financeiramente por cederem seus embriões.
Pesquisas que levem a possibilidade de clonagem humana também estão vetadas. As regras não agradaram aos mais radicais, que são contra a utilização dos embriões e que consideraram essa abertura o início de uma liberação mais ampla. De qualquer forma novas descobertas deverão surgir por conta desse apoio importante, o que traz esperança a pacientes e famílias que lutam contra doenças crônicas e degenerativas até agora sem tratamento.
Fonte: G1
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