Materiais radioativos, ainda que na forma de resíduos de baixíssima concentração, continuam poluindo o meio ambiente mesmo muito tempo depois que as instalações onde eram manipulados, ou as minas de onde eram extraídos, já encerraram suas atividades.
A descontaminação dessas áreas é uma tarefa extremamente cara, sendo feita apenas em casos muito graves. Na maioria das vezes, o local é simplesmente fechado e interditado ao trânsito de pessoas.
Bactérias antirradiação
Essa situação agora pode começar a mudar, graças ao trabalho da bioquímica Judy Wall, da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos.
Trabalhando na mina Órfão Perdido, na região do Grand Canyon, a Dra. Wall está utilizando bactérias redutoras de sulfato para converter os metais radioativos tóxicos em substâncias inertes. O processo, quando totalmente desenvolvido, será muito mais barato, seguro e confiável do que as opções atuais.
As bactérias caçadoras de radioatividade são biocorrosivas, sendo capazes de alterar a solubilidade dos metais pesados. Os microrganismos são capazes de pegar o urânio e convertê-lo em uraninita, uma substância praticamente insolúvel que afunda nos lagos de rejeitos das minas ou mesmo em cursos d'água.
Genética básica
A pesquisadora agora está investigando a genética básica da bactéria na tentativa de produzir uma linhagem que efetue esse processamento dos metais pesados com maior produtividade, para que ela possa ser utilizada em um sistema de tratamento industrial.
Outro melhoramento a ser feito é o controle do tipo de metal que as bactérias atacam, para que sua aplicação não precise ficar limitada a barragens de rejeitos.
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