sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Eletroquímica poderá ir aonde nenhum químico jamais foi antes

Cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, resolveram um dos maiores desafios com que sempre se defrontaram os químicos.

Pela primeira vez, eles encontraram uma maneira de monitorar o que ocorre no coração de uma reação eletroquímica.

Ultra alto vácuo

A descoberta ajudará os cientistas a compreenderem como funcionam os catalisadores, elementos essenciais da indústria moderna. E, compreendendo-os melhor, será possível produzir catalisadores melhores.

Sob a direção do Dr. Pete Licence, os cientistas foram capazes de estudar a reação química no ponto onde a solução atinge a superfície do eletrodo de metal que traz a eletricidade para a reação. Eles fizeram isto usando uma técnica chamada espectroscopia de ultra alto vácuo (UHV).

A pesquisa foi saudada como um avanço importante por eletroquímicos de todo o mundo e um passo importante rumo ao desenvolvimento de novos catalisadores e sensores mais avançados.

Catalisadores verdes

Como os catalisadores - materiais usados para induzir ou otimizar uma reação química - são dissolvidos em uma solução, é muito difícil entender porque eles funcionam tão bem.

Normalmente, as soluções evaporam quase instantaneamente sob alto vácuo. A equipe superou este obstáculo usando um líquido iônico de temperatura ambiente (RTILs: room temperature ionic liquids) - solventes que não evaporam sob tais condições.

"Não foi fácil e tivemos problemas fenomenais. Nós poderíamos fazer a eletroquímica no vácuo e poderíamos medir os espectros dos líquidos iônicos. Mas fazer as duas coisas ao mesmo tempo foi uma verdadeira batalha. Mas agora resolvemos o problema," disse o Dr. Licence.

"O desenvolvimento da química verde e da sustentabilidade são conceitos-chave que permeiam nossa pesquisa, incluindo o desenvolvimento de materiais e produtos ambientalmente benignos. Como resultado desta pesquisa, nós poderemos projetar catalisadores mais eficientes, novas sondas, sensores, e eletrodos funcionalizados. Nós realmente queremos fazer avançar esta tecnologia para ver até onde podemos levá-la," disse o pesquisador.

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