Pesquisadores da Universidade do Texas fizeram um experimento básico de química naquele que é decididamente o menor tubo de ensaio do mundo, medindo um milésimo do diâmetro de um fio de cabelo humano.
O tubo de ensaio nanotecnológico é tão pequeno que foi necessário um microscópio eletrônico para que o experimento executado em seu interior pudesse ser observado.
Fusão de nanopartículas
Construído inteiramente em carbono, o nanotubo de ensaio foi usado para a fusão de um nanofio de germânio com uma nanopartícula de ouro na ponta.
"Essencialmente, nós observamos fenômenos bem conhecidos, como a fusão, a capilaridade e a difusão, mas em uma escala menor, muito menor, do que era possível antes," explica o químico Brian Korgel.
Nanoquímica
Os experimentos são relativamente simples, mas fornecem novos insights fundamentais sobre o comportamento dos nanomateriais.
Por exemplo, durante o experimento, o nanofio fundiu-se conforme a temperatura subiu, mas manteve seu formato porque as dimensões do nanotubo de ensaio não permitiram que o material se espalhasse.
"Nesses estruturas muito pequenas, o comportamento de fase, como a temperatura de fusão, pode ser diferente do que ocorre nos materiais maciços e essas diferenças podem depender das dimensões," explica Korgel.
"Assim, se a estrutura muda quando acontece a mudança de fase, então fica muito difícil interpretar o resultado e, de fato, ele pode nem mesmo representar o comportamento real do sistema," diz o pesquisador.
Nanoexperimentos práticos
Isto torna o nanotubo de ensaio de carbono uma ferramenta insuperável para estudar o que acontece, em nanoescala, quando os materiais se aquecem e se fundem ou se vaporizam.
Segundo os pesquisadores, essa possibilidade de estudar as alterações de fase em nanoescala torna o nanotubo de ensaio adequado para testes de materiais super leves, desenvolvimento de novos materiais ópticos e para a síntese de compostos para uso em células solares, apenas para citar alguns exemplos.
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