Traços de vida em Marte
Um veículo europeu deverá participar da missão de exploração do planeta Marte a partir de 2018. A viagem ao planeta vermelho está orçada em mais de um bilhão de euros.
A versão de teste do robô espacial, denominado Exomars Rover está sendo atualmente desenvolvida em Zurique pelos engenheiros da empresa Ruag Space e pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Zurique.
O objetivo principal da missão espacial da Agência Espacial Europeia (ESA) e da NASA, consiste em pesquisar traços de vida em Marte, afirmou Stéphane Michaud, engenheiro de sistemas da Ruag Space, durante a apresentação do veículo de teste.
Robô espacial marciano
O Exomars Rover, cujas rodas são metálicas, foi construído de forma a poder transpor obstáculos maiores, como pedras ou crateras.
Os engenheiros já estão realizando testes sobre uma superfície simulada que imita o solo do planeta vermelho com pedras e diversos tipos de areia.
O veículo é não apenas capaz de avançar e dar ré, mas também pode se deslocar lateralmente. "Estacioná-lo é uma brincadeira de criança", brincou M. Michaud.
Seus dezoito motores são alimentados por energia solar.
O robô explorador dispõe também de uma câmara capaz de filmar a 360°.
O Exomars Rover se desloca a uma velocidade de 40 metros por hora. Dessa forma ele economiza o máximo de energia. E seu movimento deve ser lento para não danificar seus próprios instrumentos científicos.
Ele responde aos comandos que serão transmitidos a cada manhã para Marte a partir da Terra. Durante o dia, o veículo deverá recolher amostras da superfície do planeta vermelho, além de outras tarefas.
Ele é também capaz de perfurar o solo até uma profundidade de dois metros.
Pesando 140 quilos, o Exomars Rover deverá operar por 210 dias em Marte.
À espera de um sinal
"Todavia, ainda há muito trabalho antes que o aparelho possa rodar sobre o solo do planeta vermelho," disse ele.
O maior desafio para a construção do Exomars Rover é dar-lhe condições para enfrentar as condições climáticas extremas de Marte, onde as temperaturas podem cair a até - 140°C, assim como seu solo de rochas arenosas.
Como o risco de atolamento é grande, os engenheiros optaram por equipá-lo com seis rodas, a exemplo dos robôs marcianos da NASA - embora isso não tenha impedido o atolamento do Spirit.
O irmão gêmeo do Spirit, o Opportunity, também atolou, mas conseguiu se safar rapidamente.
M. Michaud e sua equipe trabalham no projeto desde 2007. A ESA decidirá em abril próximo se a Ruag pode passar da concepção à fase industrial. Se for dado um sinal positivo, o veículo deve estar concluído em quatro anos e poderá chegar a Marte em 2018.
Antes disso, porém, a NASA deverá lançar o Curiosidade, um robô espacial do tamanho de um carro popular - veja NASA mostra ao vivo construção do robô que irá a Marte.
Fonte: Swissinfo
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