A tecnologia à base de luz reduz os efeitos colaterais dolorosos decorrentes da quimioterapia e da radioterapia em pacientes que passam por transplantes de medula óssea e células-tronco.
A tecnologia foi batizada de HEALS, que em inglês significa "cura", mas também é uma sigla para High Emissivity Aluminiferous Luminescent Substrate, substrato luminescente aluminífero de alta emissividade.
Terapia com luz de LEDs
O tratamento fotônico utiliza LEDs - diodos emissores de luz - semelhantes aos usados em aparelhos eletrônicos, mas capazes de emitir luz em duas frequências, conhecidas como infravermelho próximo e infravermelho distante.
Em um ensaio clínico feito ao longo de dois anos, pacientes com câncer submetidos a transplantes de medula óssea ou de células-tronco receberam as aplicações de luz para o tratamento da mucosite oral - um efeito colateral comum e extremamente doloroso da quimioterapia e da radioterapia.
O estudo concluiu que há 96% de chances de que a melhora da dor verificada no grupo de pacientes de alto risco tenha sido resultado das aplicações de luz.
Benefícios para o paciente
Os tratamentos atuais da mucosite induzem eles próprios a novos efeitos colaterais negativos.
Já o equipamento de luz custa menos do que um único dia de internação do paciente no hospital e pode ser usado de forma proativa, sem esperar pela manifestação das dores.
O equipamento tem várias vantagens para o paciente: uma melhor nutrição, já que comer pode ser difícil com dor na boca e feridas na garganta, menor uso de narcóticos para tratar as dores, e uma elevação do estado de espírito, o que pode contribuir para a redução das internações hospitalares e um menor risco de infecções.
Saúde espacial
Os LEDs são fontes de luz fria, o que permite que funcionem no máximo da sua irradiância sem emitir calor. Os comprimentos de onda liberados pelo equipamento desenvolvido pela NASA estimulam o desenvolvimento das células, auxiliando na cicatrização.
O aparelho é formado por 288 LEDs, cada um do tamanho de um grão de sal.
A NASA está interessada em novos avanços da tecnologia, uma vez que ela poderá ser usada para tratamentos no espaço, sobretudo em viagens espaciais de longa duração - uma viagem a Marte, por exemplo, levaria mais de um ano, incluindo ida, exploração do planeta e retorno.
O equipamento está atualmente sendo submetido para aprovação pela FDA (Food and Drug Administration) para que possa ser comercializado.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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