A entidade é uma das que lutam pela proibição do produto no Brasil, já banido na Europa e no Canadá.
Mas, para os médicos, eliminar o Bisfenol A só das mamadeiras não é o suficiente: "Quando a criança morde um brinquedo, a substância pode se desprender," disse Elaine Cota, da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).
"[O Bisfenol A] deveria ser proibido em todas as embalagens que acondicionam alimentos e nos brinquedos plásticos. As crianças não vão só usar a mamadeira, mas também o copinho plástico," completa.
Deficiências físicas e câncer
Especialistas estimam que uma pessoa ingira até 10 microgramas de Bisfenol A por dia, liberado de praticamente todos os produtos plásticos, de copos descartáveis a escovas de dentes.
O risco de liberação é maior quando o material plástico é aquecido.
No organismo, o Bisfenol A provoca sobretudo problemas hormonais e metabólicos, havendo indícios de que que ele possa vir a causar deficiências físicas em crianças e até câncer.
Os efeitos podem ser de longo prazo. Elaine Cota cita a possibilidade de que uma criança que tenha ingerido Bisfenol A possa vir a desenvolver infertilidade na idade adulta.
Recomendações para evitar o Bisfenol A
A especialista orienta que a população, sobretudo as grávidas, evitem o uso de embalagens plásticas para guardar bebidas e comidas e não aqueçam os alimentos em fornos de micro-ondas usando embalagens plásticas.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia divulgou algumas instruções sobre formas de evitar a exposição ao Bisfenol A:
- Não esquentar alimentos no micro-ondas em embalagens de plástico.
- Evitar o consumo de alimentos e bebidas enlatadas - a substância é usada como resina para revestimento interno das latas.
- Descartar utensílios plásticos lascados ou arranhados.
- Evitar a utilização de embalagens plásticas com os símbolos de reciclagem 3 (V) e 7 (PC).
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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