Na verdade, um grupo internacional de cientistas afirma que ele morreu definitivamente.
Embora os modelos animais geneticamente modificados de fato vivam mais, isso não se deve ao tal gene - os cientistas vão ter que pesquisar mais para descobrir as causas do ganho no tempo de vida.
Gene da longevidade
O resveratrol, encontrado no vinho e no amendoim, tem sido apontado como um ampliador da expectativa de vida em experimentos com animais.
Este mesmo efeito dilatador do tempo de vida foi obtido em laboratório em experimentos de restrição calórica - o termo técnico para "comer menos", ou adotar uma dieta com menos calorias.
Há pouco mais de um ano, cientistas haviam associado o papel do resveratrol com o SIRT-1, um gene que logo passou a ser chamado de gene da longevidade.
Sirtuínas
Segundo os primeiros experimentos, a atuação do gene SIRT-1 se daria por meio de proteínas chamadas sirtuínas.
O resveratrol acionaria a produção de sirtuínas, que seriam as responsáveis por um maior tempo de vida.
Agora, contudo, essa conexão foi desmentida por novos experimentos.
Biologia do envelhecimento humano
Os estudos sobre a biologia do envelhecimento humano são feitos em vermes nematoides e moscas-da-fruta.
Os cientistas modificaram geneticamente esses modelos animais para que eles produzissem uma quantidade significativamente maior de sirtuínas.
Mas eles não viveram mais do que animais comuns.
O Dr. David Gems e seus colegas das universidades de Washington (EUA) e Semmelwis (Hungria) decidiram analisar os vermes com tempo de vida superior, usados nos experimentos anteriores.
Quando isolaram todos os fatores, deixando apenas a ação das sirtuínas, a longevidade estendida dos animais desapareceu.
Resveratrol e sirtuínas
O grupo também não identificou a alegada ação do resveratrol como ativador das sirtuínas - embora já tenham sido lançados cremes no mercado contendo o resveratrol, alegando seu poder ativador das sirtuínas.
Segundo o estudo, o resveratrol não ativa as sirtuínas e, mesmo se o fizesse, isso não seria suficiente para aumentar a expectativa de vida.
A conclusão é que a longevidade é resultado de um conjunto maior de genes - de um "background genético", afirmaram os cientistas.
Dieta de baixas calorias
O grupo aproveitou para testar novamente as alegações de que uma dieta de restrição calórica aumenta o tempo de vida.
Eles confirmaram as descobertas, mostrando que os animais com menor ingestão de alimentos vivem mais.
Mas isto ocorreu também entre os animais com o gene da sirtuína desligado - ou seja, a restrição calórica tem seus efeitos sobre a longevidade, mas não através do agora finado "gene da longevidade".
Para uma vida mais saudável e mais longa, coma menos
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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