É claro que isto é uma representação.
O caso mais claro é o núcleo atômico, um aglomerado de prótons de nêutrons: em nosso modelo, ele é representando como um globo.
Os cientistas já sabiam, contudo, que o núcleo dos átomos pode ser oval, e não exatamente esférico.
Agora as coisas se complicaram um pouco mais para o nosso modelo.
Núcleo linear em cadeia
Takatoshi Ichikawa e seus colegas da Universidade de Quioto, no Japão, demonstraram que o núcleo atômico pode assumir o formato de uma cadeia linear, com pequenos aglomerados de prótons e nêutrons uns atrás dos outros.
Mais do que mera curiosidade, os cientistas demonstraram que esses estados nucleares exóticos podem desempenhar um papel intermediário fundamental na formação do carbono 12 e do oxigênio 16 - elementos essenciais para a vida.
E as novidades provavelmente não pararão por aqui: a nova técnica desenvolvida pelos pesquisadores para calcular essas estruturas poderá servir para o estudo de arranjos nucleares ainda mais exóticos.
Reações nas estrelas
O formato de um núcleo tem efeitos importantes sobre as reações nucleares, como ocorre nas estrelas, onde quase todos os elementos naturais são gerados.
Se um núcleo está girando rápido o suficiente - geralmente como resultado de uma colisão e fusão de dois núcleos menores - a sua forma pode tornar-se deformada em relação à esfera ou elipsoide usual.
Esses formatos derivam da interação entre a força de atração forte, que mantém os prótons e os nêutrons unidos, e a força centrífuga, que tende a separá-los.
A estrutura linear, ou "em cadeia", de um átomo, nunca havia sido demonstrada como sendo estável, embora os teóricos já houvessem sugerido que ela poderia existir.
Fonte: Physical Review Focus
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