quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Núcleos dos átomos podem não ser redondos

O modelo mais difundido do átomo parece-se com um Sistema Solar em miniatura, com um núcleo esférico no papel de Sol e elétrons girando ao seu redor como planetas.

É claro que isto é uma representação.

O caso mais claro é o núcleo atômico, um aglomerado de prótons de nêutrons: em nosso modelo, ele é representando como um globo.

Os cientistas já sabiam, contudo, que o núcleo dos átomos pode ser oval, e não exatamente esférico.

Agora as coisas se complicaram um pouco mais para o nosso modelo.

Núcleo linear em cadeia

Takatoshi Ichikawa e seus colegas da Universidade de Quioto, no Japão, demonstraram que o núcleo atômico pode assumir o formato de uma cadeia linear, com pequenos aglomerados de prótons e nêutrons uns atrás dos outros.

Mais do que mera curiosidade, os cientistas demonstraram que esses estados nucleares exóticos podem desempenhar um papel intermediário fundamental na formação do carbono 12 e do oxigênio 16 - elementos essenciais para a vida.

E as novidades provavelmente não pararão por aqui: a nova técnica desenvolvida pelos pesquisadores para calcular essas estruturas poderá servir para o estudo de arranjos nucleares ainda mais exóticos.

Reações nas estrelas

O formato de um núcleo tem efeitos importantes sobre as reações nucleares, como ocorre nas estrelas, onde quase todos os elementos naturais são gerados.

Se um núcleo está girando rápido o suficiente - geralmente como resultado de uma colisão e fusão de dois núcleos menores - a sua forma pode tornar-se deformada em relação à esfera ou elipsoide usual.

Esses formatos derivam da interação entre a força de atração forte, que mantém os prótons e os nêutrons unidos, e a força centrífuga, que tende a separá-los.

A estrutura linear, ou "em cadeia", de um átomo, nunca havia sido demonstrada como sendo estável, embora os teóricos já houvessem sugerido que ela poderia existir.

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